o.Ô

Tinha olhos de coruja: penetrantes.

Suas pálpebras eram grandes como os olhos.

Não lacrimejava.

Caminhava lenta e encolhidamente.

Sua voz também era lenta como o pio solitário da coruja na noite.

Não, não posso afirmar se verdadeiramente coruja era, mas, parecia.

Naquele breve instante, não pude reparar se seu pescoço girava como o de uma coruja mas, afirmam a línguas soltas que é tão sábio quanto uma.

Prometo ser mais atenta quando reencontra-lo, daqui a um tempo. Corujas não aparecem assim, freqüentemente.

Talvez seja mesmo a coruja que ninguém vê...

(= Cogumela