quarta-feira, 21 de maio de 2008

[[ do laranja para o azul ]]

"E numa louca corrida entregarei meu ser ao ser do Tempo e minha voz a doce voz do vento" (Alento - Poesia - Caio Fernando Abreu)


Era de noite. Noite escura de lua cheia clara.
Era tarde. Primeiras horas do outro dia.
Estava com medo. Medo do escuro e das pessoas que esvaziavam a rua.
Caminhava rápido, como quem perde as canelas mas, precisava chegar em casa.
Suava frio de medo e quente pela rapidez. Quase não percebia onde pisava.
Eis que, ao passar por um lugar aleatório a brisa leve e quente trouxe consigo um doce cheiro de jasmim.
Não que gostasse de jasmim mas, aquele cheiro doce fez com que quisesse parar.
Sentou na calçada. Respirou profundo. Era um cheiro doce. Tão doce que a enjoava. Precisava sentir por completo. E ali parada, sentiu-se leve.
Abriu a mochila e, com o resto da água mineral, regou o pé de jasmim. Era a melhor forma de agradecê-lo.




Cogumela =)
Vou pra casa. Descansarei no sofá, lerei um bom livro, rirei para a laranja no pé e tomarei chimarrão com meu pai. Não dispenso a simplicidade.

Um comentário:

Anônimo disse...

as pessoas esvaziam a rua pois tem medo dos assaltantes
e tu corre pelo mesmo motivo...

ah! chegar em casa... deve ser ótimo pra quem fica tanto tempo longe.
mas sinto tua falta aqui do meu ladinho.