O calçado de Quintana tinha flores, era leve, puído, furado, mas era belo. Era berrante e guardava atenciosamente aquele pé: unhas encravadas, sola rachada e frieiras. Feio? Não! Era a planta e o sapato, a raiz que prendia ele ao chão. Mas, as vezes, voava pela rua dos cataventos enquanto as carolas fofocavam indo para a igreja. E de tanto voar, caiu. Não do céu, mas do pé do Quintana que, como um saci, sobre a perna esquerda pulou, virou uma cambalhota e recalçou aquele sapato florido, furado, cor de laranja e vermelho como o sol.
Sim, Quintana tinha o sol nos pés e a melancolia nos ombros. Mesmo assim, sorriu para mim que vi tudo da floreira onde eu moro.
=D_Cogumela_
4 comentários:
Tive a lisonja de ouvir tão belo texto da tua boca antes de compartilhares ele com todos no blog. Só agradeço! É um dos mais belos escritos sobre os pés do Mário e como ele mesmo disse: "A amizade é um amor que nunca morre".
Oiiiii Scheila!!!
ah eu adoro o que tu posta, eu tenho que vir mais vzs aqui no teu blog, adoro ele!!
e vamos combinar algo
bjssssssss
Eterno Mário Quintana! Que espetáculo de texto, girafa girafa, tenho certeza absoluta de que tens toda a proteção e inspiração da Deusa Íris, a Mensageira dos Deuses, ninfa oceânica e Deusa do Arco-Íris e de Euterpe, Musa da Poesia Lírica... Que Filotes, o Deus da Amizade proteja todos teus amigos e amigas, e que Moros, o Deus da Sorte sempre sorria para ti... Terminus, o Deus dos Limites não consegue te limitar a poesia pois Momo, Deus da Alegria sempre abençoa cuida e protege todas as girafas poetas! Que Aglaé, a Deusa dos Banquetes te faça uma homenagem com todas as iguarias da Terra, é tudo o que este vampiro, filho de Tália e de Hipnos te deseja... Beijos do conde! Voei!
(Viu, o Conde não te abandonou)
Adorei teus textos, adoro Mario Quintana, e vou voltar aqui mais vezes.
Beijo!
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