Construí para ti um castelo quando nos beijamos, de areia.
Com os meses senti necessidade de ti e fiz para nós uma varanda de cartas, ouros.
Os meus olhos brilhavam e teu corpo saltitava com besteiras só nossas. E no caminho que trafegávamos, construí uma estrada de dominós que nos levava a varanda em frente ao castelo. Foi lá que depois de um longo abraço, em meio a teus lábios, subi delicadamente meu pé. Descuidada derrubei uma peça que derrubou o caminho chegando a varanda e as paredes de areia pelas quais fomos soterrados. Nesse dia eu transformei em amigo o que era amor.
7 comentários:
muito bom.. que lagal.. sua forma de escrever...
o simbolismo e toda a questão dos nossos processos internos..
e é verdade.. com discuido as vezes as coisas fogem de nossas mão.. apenas fica.. aquilo que é para ser nosso...
e o que é nosso senão aquilo que prezamos ter? auhauah
bjss
Noossa!!! muito bom, lindo mesmo... sentimento pós: aquele quentinho após terminar de ler um bom livro, de fecha-lo e dizer: bah preciso ler mais desse autor. e claro, o meu sorriso bobo e torto se fez presente.
tu é phoda, broto!
x)~~
castelos de baralho, assim como o amor, tendem a se desmantelar. no entanto, ainda têm-se as cartas, assim como as pessoas.
;**
As vezes os nossos "descuidos" nada mais são do que o nosso íntimo nos dizendo que temos que mudar algumas coisas, não? heheh!
Gostei do teu texto, ele ta cada vez melhor... =)
Bjoos!! Gi.
Sempre é melhor transformar em amizade do que em nada, vazio.
quanta fluidez. quanta.
"Nesse dia eu transformei em amigo o que era amor."
me tocou... quando é assim, meio que sem querer, meio que sem notar, parece abalar muito mais do que quando era previsível e determinado.
prometi o mundo e acabei deixando as promessas no meio do caminho... triste.
*gostei daqui hein hehe*
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