Eu comi um pão com culpa pela manhã.
Lembrar que fiz o que devia e não estou arrependida por estar tão feliz.
Acordo nua e sorrio para o espelho enquanto visto uma roupa cheirando a lavada; a de ontem esparrama-se pelo chão cheirando a cigarro e a álcool. Meu estômago dói descomunalmente. Mesmo assim, eu sorrio e saio a rua refazendo os diálogos da noite passada, mentalmente. Meu físico destruído, minha alma lavada e este misto de boba-alegre e melancolia. Em todos os meus pensamentos: ELE. Um grande cuidado: ELA.
- Um café sem açúcar, por favor.
Bebo o café para curar o porre e como a culpa por ser humanamente confusa e desfocada.
Eu: míope. Meu coração sofre de estrabismo.
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