segunda-feira, 22 de novembro de 2010

sem o 1 x (outro)

"Sou sua lua
Sua carne crua
Sobre o lençol

Ela não tinha ele nem ela.

Ela não era dele nem dela.

Ela era sua, muito sua, egoisticamente sua. Porém já havia aprendido a ser assim da maneira certa. Agora não havia mais enganos, mal entendidos, comprometimentos infundados. Ela era tão e somente ela, mais nada. Não precisava ser nada de mais; nem excesso nem falta. Era despercebida, era a brincadeira, era o inesperado, o não acontecer, o ser simples assim: sem falsetes. Acima de tudo respeitava a si; isto reverberava por todos os cantos como a pedra que fazia vibrar a lagoa toda com o seu mergulho.



*depois de escrever isto, agora a noite, percebi que estou cada vez mais escrevendo só para mim. isso é estranho, mas tudo bem.


*¹ letra

2 comentários:

k. disse...

estranho mas senti que escrevias de mim, tavez cada um seja um pouco assim.
XD

Henrique Tonin disse...

Acho que quanto mais se escreve para si mesmo, mais se escreve algo digno de ser lido pelo outro, e de expressar também um pouco do outro.

(Entre brasileiros isso é ainda mais raro :D)