sexta-feira, 3 de junho de 2011

[[ despacito ]]

Eu não moro mais aqui, eu não moro em mim. Não moro em ti, no ar, na água.

Não me achei dentro de um livro, dentro do teu quarto.

Me achei onde não estive, e logo parei de morar lá, onde ainda não morei.

Talvez eu não tenha espaço, não tenha tempo.

Eu posso ser a mudança ou aquilo que nunca para. Então me sentirei cansada e estarei sozinha.

Eu não sou de todo mundo, estranha, não sou estrangeira. Simples e simplesmente essa falta de paradeiro me deixa sem chão, mas eu sou o vento. Sou o próprio tempo. Eu posso ser o teu pensamento.

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