sábado, 17 de setembro de 2011

Calmamente.

Vai com calma. Assim como o jardineiro que cuida das plantas sem apressar as flores. Lentamente, como quem conquista. Não tenta ME entender, mas deixa que EU vá deixando acontecer. Não espera nada, EU não estou esperando. Me conquista com pequenos gestos e permita que EU não deixe, que EU me feche. Que EU me abra como ostra: quando for preciso. E então, num desses encontros ao acaso, EU sorrirei envergonha por ter te deixado esperando nas ultimas três vezes em que planejamos. Tenha como único plano ‘não ter plano’. Pois se hoje EU estou fechada, e você estiver tranquilo poderei te dar pequenos presentes, limitados, EU sei. Mas se, por outro lado, você me forçar EU automaticamente sairei correndo e me trancarei num cofre, dentro de uma caixa com um relicário dentro sem termos trocado mais que dois olhares e um hamburger.

Um comentário:

Anônimo disse...

Vou com calma, com a calma de um jardineiro que cuida de uma flor quando esta brotando.
Com cuidado para não dar pouco, nem muito: o suficiente para que cresça.
Já deve fazer uma semana, será que aquele sentimento que estava brotando cresceu, ou será que morreu? Nenhuma notícia. Será que devo esperar? Ela diz: 'Não espere', mas como pode a flor pedir ao jardineiro para não esperar pela primavera, se essa é a única forma de suportar o inverno? A primavera pode nunca chegar, mas flor, se você pensa em depois, eu sinto o agora. Agora sinto cada vez menos sua ausência e não sei se isso é bom ou ruim.
Tudo que me deu foi pouco, limitado, mas sou como a ostra que sente profundamente até um pequeno grão de areia, e a aceita como uma sentença, e então angustiosamente fabrica pérolas, camada por camada, e eu palavra por palavra te ofereço antes que você se perca entre o tempo o espaço e lembrança.