domingo, 6 de novembro de 2011

[[ O primeiro novembro ]]

Eu sentei aqui para escrever sobre um monte de coisas que eu venho pensando, fazendo, sentindo. Mas parece que todas elas foram embora, ou melhor, permaneceram aqui enquanto algo que não precisa ser dito.

Eu de frente para as costas dela e aquela frase. A frase, aquela, que eu sempre repeti em pensamentos e/ou em sonhos. Ela, assim como eu, queria "todas as cosias sem palavras". Pois nada mais precisava ser dito. E nenhum discurso vazios, ideológico ou propagandístico seria proferido ali. O não-dito era a unica coisa acertada.
Necessitávamos daqueles minutos de silêncio em que apenas os olhos falavam.  Por onde você perdeu seu olhos, borboleta?

Ela virou-se, trocando de lugar naquela noite quente de novembro. E então, voltou seus olhos para mim, alguém através das suas amigas. Várias vezes me peguei dizendo "não estou olhando para você, mas através de você" para os meus amigos! Ela falava com as amigas, mantendo seus olhos fixamente nos meus. Nossos olhos conversavam mais do que sua boca ao contar alguma notícia ou fofoca teenage na outra mesa. Eu e minha cuba libre fixados no silencio das nossas bocas a nas muitas palavras que não falamos.

Sem nenhuma expectativa, foi assim que tudo começou.

Um comentário:

Fabiana disse...

Amei teu blog, tua escrita e tua visão das coisas!
Parabéns, viu?
Beijos
Bi