sexta-feira, 31 de maio de 2013

eu na "mais de uma"

A gente percebe que há um sentido diferente quando ao invés de eu, pronome de primeira pessoa do sigular, usamos o nós, na primeira pessoa do plural. E quando os pronomes possessivos não são mais posses de uma única pessoa, mas de ambas, são além de meus, teus, nossos. Quando as mãos não vão mais sozinhas, vão acompanhadas e entrelaçadas. Vão livres, inflados por uma liberdade acompanhada. Quando as vontades não são mais minhas, são, além de tudo, nossas. Quando o um não importa mais do que nós, mesmo que este "meu, pessoal" exista e mantenha a sua individualidade, mas ele vira um na "mais de uma", no plural. E quando o sorriso de uma é, também, o olhar encantado da outra.

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