segunda-feira, 14 de abril de 2008

[[ Caixinha de lembranças__parte 2 ]]

Antes do adeus, sem que percebesse amarrou nela seu anjo. Soltou vagarosamente a mão. A outra lhe sorriu, um sorriso único.

Depois de muitas noites de conversa, convenceu-o a aceitar o desafio, entre preocupações. Muitas vezes ele segurou sua mão e em breve não estaria mais lá. Mesmo assim, antes de cumprir o trato, tirou uma pluma de sua asa esquerda e deu a sua protegida: “Tem sempre contigo... nem tão perto, nem tão longe... dentro de ti, basta pensares em mim!”

O anjo ainda prometeu retornar acompanhado daquele sorriso único e, enquanto eles voavam a menina com a pena, lá no chão, sentia-se feliz e tinha certeza que eles também estavam.

Pensou que se de repente a outra, que mesmo sem asas voava, olhasse através da janela pudesse ver seu anjo numa nuvem ou na asa do avião e, mesmo que ela não o visse, porque não acreditava, a menina da pena sabia que ele estava lá. A protegeria.

O tempo passava e sempre antes de dormir ela, presa a pena, imaginava o quão feliz era seu anjo e sua nova protegida. Tinha sonhos bons. Às vezes sentia-se só, então, punha a mão no bolso e com a pena lembrava que certamente os anjos – dela e da menina que sem saber voar voara – eram tão amigos quanto elas há algum tempo. Via-se perto deles.

E dias e dias, até sempre, por várias vezes a menina com a parte de anjo olha para o céu esperando a volta daquele sorriso único e do anjo. Sabe que sempre precisará deles e acredita que em breve estará bem mais perto do que o pensamento porque nunca deixará de acreditar no seu anjo, nem na menina que não sabe voar, mas, voa.

2 comentários:

André disse...

que lindo isso!!! =~

que coisa mais incrivel!! =~

pura! x)

=*

Anônimo disse...

given to fly ;)