[Continua...]

Sexta-feira, aula de "A arte trágica em Nietzsche", o "dinamismo" espanta inclusive as moscas da sala na qual duas mentes criativas, para espantar o tédio, resolvem brincar...

Biscuit & Cogumela produções apresentam:

Sobre meninas e bolas: um conto em vermelho.

Era uma vez, pois sempre tem que haver uma vez para começar, uma menina que nasceu em uma cidade que não havia automóveis, apenas carruagens feitas de abóbora, ela não era a Cinderela, não; ela se chamava Cecília. Era uma criança feliz, era? Tinha cabelos louros escorridos e a franja cortada por ela mesma em um dia uma traquinagem que chovia, e por isso ela não podia ir à rua brincar com sua bola vermelha.

Achara essa bola certo dia quando chutava pedrinhas pela rua. A bola conversava com ela sempre, eram amigas, ela chama-se asma.
Asma não se importava de ser chutada, nem amassada pelas rodas das carruagens, elas eram amigas.

Do outro lado da cidade morava o senhor Manfred, tinha acabado de voltar de um país distante, chamado Cubas, lá abóboras viravam comida e as pessoas dirigiam automóveis, ele não resistiu e voltou pra casa com uma Ferrari, claro que era vermelha.
Tudo o que o senhor Manfred queria era brincar com sua máquina veloz, e tudo que Cecília queria era brincar com sua bola. Foi um dia de passei para os dois, para os quatro, e eles se encontraram na rua.
A bola escapou das mãos de Cecília, o carro disparou e avançou o sinal, e a bola disse: Adeus! Cecília.
SR. Manfred ficou preso em uma gaiola para todo o sempre, o carro foi pro ferro velho e a bola vermelha continuou na rua esperando ser chutada por um outro alguém.

Ps: "Um conto pra ser bom, tem que ser trágico" ^^

Aline & Scheila (=