[[ De Caçapava do Sul, ficou um pouco? ]]
Texto publicado no jornal Gazeta, dia 20 de agosto de 2010
Eu tive a felicidade de passar um dia com os guaranis e o que vivi foi sem dúvida motivador, apelando para um emotivismo, foi mágico. São humanos que guardam seus mitos, sua língua, sua tradição. São pessoas preocupadas com os mais velhos por saberem que estes carregam uma vida de histórias a serem contadas, guardam valores expostos oralmente, são pessoas que conversam ao entardecer, gente que olha no olho. As crianças são felizes com o mínimo, infantis para subirem em árvores, fazer chuva de esponja de travesseiro e de uma taquara inanimada um cavalo veloz. Assim como no Paraguai, fala-se Guarani nesta “aldeia” e as crianças só aprendem o português aos oito anos, antes disso, apenas se tiverem interesse, o que eu prefiro chamar de curiosidade.
Como humanos, nestes dias frios percebi pobreza física que eu sozinha não posso suprir. Eles precisam de roupas, cobertores para romperem as noites frias do inverno rigoroso que faz em Caçapava do Sul neste 2010. Precisam de alimento, pois a terra da tribo não é suficiente para alimentar a todos. Olhemos, ainda restou “um pouco”. Ao conversar com o Cacique Lourenço ele me pediu alimentos não perecíveis, roupas e cobertas e é por estes seres humanos tão bonitos, que infelizmente poucos olham, que proponho a arrecadação de alimentos e agasalhos para as treze famílias que habitam a “aldeia”. Se todos nós fizermos um pouco para estes poucos que restaram, estaremos, num piscar de olhos, ganhando muito.
Um comentário:
linda sua atitude. precisamos de seres humanos como vc. beijos e parabéns
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