sexta-feira, 3 de setembro de 2010

[[ Monólogando ]]

Esse teu jeito de fazer a mesma coisa
sem aviso sempre me deixa confusa.

Porque tu tens que fazer sempre a mesma coisa?

Tivemos várias histórias, tu me fez escrever, me fez acreditar que eu seria capaz de algo verdadeiro, real depois do monte de merda que eu fiz e senti. Então o mundo girou, o vento soprou, tu não bateu na porta. Mas me encontrou com um jeans rasgado num dia chove-não-molha. Eu fingi te evitar, disse que estava tudo bem e então foi...aparentamos estar mesmo tudo bem, não conversamos. Agora sei explicar: não estava tudo bem; eu estava bem, mas nunca tivemos esse tal de TUDO.

Tu não agiu quando era a hora, eu não esperei quando necessário. Fizemos as feridas básicas, porque eu sou mesmo boa em fazer isto. Tu fez com que eu sentisse nojo, depois raiva de ti, então eu explodi e disse o que eu estava pensando, o que eu sempre estive pensando. Nunca mais nos vimos e tu reapareceu do nada, cheio de planos, coisas novas para fazer, logo após eu ter escrito algo que tu sabe que foi para ti. Eu com o meu descrédito do dia te ignorei. Era previsível que eu o faria, assim com estou fazendo e o farei. Não sei se é o inverno ou minha natureza que me fez assim: toda fria, seca. Então eu nem penso mais, não programo mais, faço de conta que eu não te conheço quando estamos no bar e por mim tudo bem... Mas tu chega gentil, me oferece o doce que eu adoro, conversamos um pouco. Eu despisto o meu desconforto e dou um jeito de sumir de perto. Vou para outro canto e passam-se meses até que eu estou em outra, estou em nenhuma, não estou mais na tua nem na de ninguém. Falando sério, não sei onde estou e isso não faz diferença. Abro o meu e-mail no fim de tarde da quinta-feira e tu está lá: com um sorriso dizendo que achou algo para me alegrar.

#merda. Eu não te odeio, mas não quero mais nada disso que me deixa confusa. Eu estou velha, cansada e gorda. Amanhã vou sair para beber, acho que tu estará pelos mesmos bares que frequentamos e... droga... tu não precisava re-aparecer agora. NA BOA...não precisava.

Um comentário:

Anônimo disse...

Fiquei emocionada com o que li. Parece até que isso foi escrito para mim...



IQY