sexta-feira, 10 de setembro de 2010

[[ mais do que as vezes ]]

Eu quero mais do que o comum, as vezes.
Não sei se você compreende...

- Olha! Eu estou cansada dos jogos de azar, dos jogos com pessoas. Eu estou cansada desse imediatismo, do surgir do nada para lugar nenhum. Tudo está tal e qual o roteiro de um filme pornô; depois de assistir a um filme pornográfico sabemos o que acontece em todos eles. - suspiro - Porque não podemos modelar com o passar dos dias uma história? - baixando o olhar - Começa mais ou menos assim: as pessoas se conhecem, convivem e num dia de sol ou numa noite qualquer, despretensiosamente há um beijo. - olhando de volta, no fundo do olho - Nesse momento as pessoas já se reconhecem, já tem algo a mais do que um simples tesão que se apaga com a chegada do dia e ao abrir os olhos, ao nosso lado, existe uma pessoa. - olhando para baixo com olhar triste - Não sentimos medo dela ou somos indiferentes. Ao meu lado não quero mais um objeto (um algo qualquer) eu quero alguém, uma pessoa a qual sentirei vontade de abraçar, sorrir; passaremos um tempinho olhando para o teto e divagando sobre o dia que pode não sair de cima daquela cama conosco. Eu posso acordar falante e contar um sonho, ou escutar um sonho - olhando para o lado e voltando aos olhos - Eu quero um sentimento mútuo, algo mais do que um contato impensado que pode virar arrependimento. Eu quero acordar no outro dia e te olhar no olho com a mesma vontade que eu tenho agora de beijar tua boca e te abraçar com o máximo de carinho que eu consigo sentir. - ela fica em silencio sorrindo e seus olhos brilham.

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