Acho que com o passar do tempo Alice se tornara uma pessoa muito chata, potencialmente uma pessoa ainda mais chata. Ela não era mais aquela guriazinha despojada, cheia de sorrisos e sentimentos bons. Ela não era mais curiosidade, desligamento. Não sentia mais prazer em beber nas noites de sexta, encontrar alguém e fazer um pouco de sacanagem em qualquer lugar. Não era mais provocante, nem era provocada. Parecia num autismo incomedido, ilimitado até segunda ordem. Não era auto-suficiente nem, tão pouco, interessada em alguma pessoa que esbarraria nela pela noite e pararia para conversar. Ela não tinha mais cantadas prontas e era habitada por uma preguiça. Na sexta vestia uma calcinha bege sabendo que ao entrar na balada sua falta de paciência para todas aquelas pessoas de sempre a fariam permanecer ali por trinta minutos, não mais do que sessenta.

Alice estava velha? Não, Alice sentia-se 'a par', isto é, sem par

Sambo bem assim por mim

bambo e só, mas sambo sim.