terça-feira, 9 de novembro de 2010

Eu ouvi teu grito no romper da aurora e gritei contigo. Desde então, venho tentando me distrair com álgebra, análise sintática e problemas metafísicos, mas, entre um suspiro e outro, fecho os olhos e a tua imagem me vem, holográfica. A todo o momento, sensações incontroláveis me invadem e ninguém explica o tamanho do meu desejo ou a vontade que eu senti e sinto enquanto escrevo, enquanto vivo após a madrugada.

Quero teus olhos pequenos e tua boca entre aberta. Quero teus ombros cor de leite. Desejo o peso da tua alma sobre a minha, imantadas. Preciso ver teus olhos mudarem de cor, a menos de três centímetros dos meus, enquanto sorrimos. Minhas mãos sedentas clamam pelo entrelace dos cabelos da tua nuca, como quem dá um nós apertando que origina uma dor que não faz sofrer, mas aquece o corpo inteiro. Quero teu pescoço a mostra. Desejo o teu cheiro, todos eles, misturados aos meus numa atmosfera de sensações irracionais. Quero a nossa entrega total por tempo indeterminado. Minha língua quer dançar Balet no teu corpo onde minhas mãos encenarão sedentas um improviso chamado “EU TE DESEJO”. Preciso dos nossos beijos lentos ao descansar, do teu “bom dia” sorrindo enquanto acordo, do teu carinho em minhas costas... Desejo um domingo de sol em que andaremos de mãos dadas e nomearemos cachorros de rua, riremos de coisas infantis e retornaremos leves para um lugar só nosso.

Hoje acordei entendendo o sumiço dos meus mil casos, tu chegou e sem esforço ocupou todo o espaço. Tu supriu as lacunas mais profundas. Não posso presentear isto ao acaso, nem ao destino. Eu tive sorte.

Dentre todos os meus quereres, quero que tua presença demore menos a chegar e que tua estada seja duradoura... peço por teus braços me envolvendo num abraço apertado.

Um comentário:

Anônimo disse...

parte mais doce da minha vida!
"I'ma get your heart racing in my skin tight jeans, be ur teenage dream 2nite."
=**